Guayí apresenta estudo sobre homicídios na região Humaitá-Navegantes



O Núcleo de Prevenção à Violência, Segurança e Direitos Humanos da Guayí apresentou um estudo sobre o contexto dos homicídios ocorridos na região Humaitá-Navegantes, em Porto Alegre, durante o 1º Seminário Regional de Prevenção à Violência, realizado no último sábado (4/12) pelo Fórum Regional de Justiça e Segurança daquela região. As estatísticas dos homicídios, com os dados sobre quem morre, quando morre, como onde morre foi o tema abordado pelo Núcleo.

O objetivo do seminário foi fazer uma avaliação diagnóstica da criminalidade e da violência, para possibilitar uma discussão sobre o problema e definir prioridades de atuação do Fórum. No painel intitulado “Apresentação dos dados estatísticos de violência na Região do Humaitá-Navegantes”, Luiz Antônio Brenner Guimarães, integrante do Núcleo, apresentou o estudo realizado sobre os homicídios ocorridos no período de 2006 – 2010, com a participação da professora Virginia Rosa, do Grupo de pesquisa Violência e Cidadania do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IFCH/UFRGS), e do Major Maurício Campos Padilha, comandante da Companhia de Policiamento do 11º BPM.

O Núcleo de Prevenção à Violência, Segurança e Direitos Humanos desde 2005 vem estudando a evolução dos homicídios em Porto Alegre por região do Orçamento Participativo, tendo como fonte a noticia diária dos homicídios publicados pela imprensa. O estudo apresentado mostra um crescimento anual dos homicídios na região: ocorreram 10 homicídios em 2006; 20 em 2007; 21 em 2008; 26 em 2009; e, até outubro de 2010, já foram registradas 29 ocorrências de assassinato. Em 2006, os homicídios da região representavam 3% do total das ocorrências na capital. Em 2010, representam 11%.

O perfil das vítimas dos homicídios é constituído de homens (93%) com menos de 29 anos (56%). Entre 22 horas e 7h, ocorre a maioria das ocorrências e os dias que concentraram maior número são terça, quarta e domingo. Os bairros Humaitá e Farrapos concentram o maior número dos assassinatos, e o método da execução planejada corresponde à maioria das ocorrências (60%). Estiveram presentes no seminário aproximadamente 50 pessoas representantes das associações comunitárias da região e de entidades sociais.

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