A ação do NEATES/RS aprofunda a política de Assistência Técnica em Economia Solidária.



A instalação, no 20 de maio de 2009, do Comitê Gestor do Núcleo Estadual de Assistência Técnica em Economia Solidária do Rio Grande do Sul – NEATES/RS, sob o encargo da Guayí, OSCIP selecionada para tal em edital público realizado pela SENAES/MTE, em dezembro de 2008, aprofunda a construção de uma política pública de assistência técnica no estado, bem como já está ocorrendo em São Paulo e no Rio Grande do Norte e, até o final deste ano, em mais seis estados do Brasil.

A implantação do NEATES/RS inicia-se com a formação de uma Equipe Técnica altamente qualificada e de um Comitê Gestor, responsável pelo acompanhamento social, representativo das ações de assistência técnica, fomento, organização e da diversidade da economia solidária. Compõem o Comitê Gestor a Guayí como secretaria executiva e responsável pela Equipe Técnica; a Superintêndência Regional do trabalho e Emprego – SRTE, como base operacional da SENAES e seus programas de fomento em economia solidária; o Fórum Gaúcho de Economia Popular e Solidária; as entidades nacionais de representação ANTEAG e UNISOL; a Rede de ITCP’s e a UNITRABALHO, representantes das ações de formaçào e assessoria das universidades; o Programa Brasil Local; a Cáritas Brasileira; e a Rede de gestores Públicos.

A estratégia de construção da Política de Assistência Técnica aprovada orienta-se por três diretrizes: a) a inserção dos empreendimentos econômicos solidários – EES em redes e cadeis produtivas; b) construção de ferramentas de apoio para resultados econômicos efetivos dos EES; c) articulação de parcerias para a construção e transferências de tecnologias e metodologias no desenvolvimento da Política de Assistência Técnica em Economia Solidária.

Essa estratégia pressupõe definição de prioridades coletivas na Economia Solidária. Não se trata de um atendimento individualizado NEATES – EES. Trata-se, de definição de políticas de desenvolvimento para a Economia Solidária, por segmento produtivo, definidos em um determinado território, com estruturas organizacionais e níveis de aglutinação dos EES por redes e cadeias produtivas potencializadas.

Os segmentos produtivos implicam em espaços de produção, comercialização e consumo que propiciem um movimento de aglutinação econômico-produtiva potencializando a formaçào de redes e cadeias produtivas. O Comitê Gestor, no primeiro ano de implantação do NEATES/RS, está investindo na agroindústria, na alimentação, no calçadista, na comunicação e informática, na confecção/textil, no moveleiro, no metalúrgico, na Reciclagem, nos Serviços e no Turismo.

O território pressupõe uma identificação dos locais em que são desenvolvidas ações, projetos, programas e políticas públicas de Economia Solidária e outras com potencialidade de articulação. Essas ações e políticas públicas podem e devem ser articuladas produtivamente com os segmentos produtivos potenciais da Economia Solidária, superando a fragmentação e fortalecendo a açào econômica.

A articulação do segmento produtivo com o território deve se sustentar em uma composição de EES estruturados e com potencial de estruturação que, apartir de planejamentos tendo como base mercados socialmente orientados e parcerias de produção, comercialização e consumo, dê condições para a formação de ambientes favoráveis para o desenvolvimento dos EES e da própria Economia Solidária.

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