Diagnóstico socioambiental revela situação da Vila Asa Branca



A Vila Asa Branca (bairro Sarandi), em Porto Alegre, teve o nome inspirado numa cidade fictícia de uma novela da Rede Globo exibida nos anos 80. Mas a realidade dos moradores não encontra semelhanças com a ficção. O saneamento básico, assim como em grande parte das periferias brasileiras, é um grave problema. A maioria dos moradores (83%) diz utilizar o “valão” como destino final do esgoto doméstico. Entre as doenças mais comuns estão as respiratórias (38%), virose (28%), problemas de pele (9%), coração (9%), verminoses (4%), hepatite (3%) e leptospirose (3%). Os dados fazem parte do “Diagnóstico Socioambiental” da Asa Branca, que será apresentado para moradores, lideranças e autoridades nesta quinta-feira (14), às 19h, na sede da Associação de Moradores.

A Vila Asa Branca tem atualmente cerca de 600 domicílios. Seu nome é devido à cidade fictícia da novela Roque Santeiro, de Dias Gomes, exibida em 1985 pela Globo. O Diagnóstico Socioambiental é resultado da terceira fase do Projeto “De Olho no Ambiente”, criado pela PETROBRAS e desenvolvido no RS pela GUAYÍ – palavra que significa “semente” no idioma dos índios Guarani –, uma organização da sociedade civil de interesse público (Oscip) com sedes em Porto Alegre e Caxias do Sul.

O documento vai servir para estruturar ações futuras e buscar a captação de recursos para a realização de obras, visando estimular o desenvolvimento sustentável e melhorar a qualidade de vida. O objetivo principal do Projeto “De Olho no Ambiente” é a implantação da Agenda 21 em 33 comunidades gaúchas, localizadas em 17 municípios do RS. Em todo o Brasil, o projeto da PETROBRAS contempla 335 comunidades. O projeto tem metodologia desenvolvida pela Fundação José Pelúcio Ferreira, do Rio de Janeiro. O “De Olho no Ambiente” tem quatro fases, divididas em: 1) mobilização para sensibilizar lideranças; 2) realização da pesquisa de campo; 3) elaboração do diagnóstico socioambiental; 4) criação do Fórum da Agenda 21 Local.

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