Guayí promove Roda de Conversa sobre Economia Solidária com o Professor Renato Dagnino
No dia 9 de março, a Guayí, em parceria com a Rede de Economia Solidária e Feminista (RESF), a Cooperativa GiraSol e o Sindicato dos Bancários, realizou uma Roda de Conversa sobre Economia Solidária e Trabalho Autogestionário com vistas ao enfrentamento da crise e desenvolvimento de estratégias para reconstrução do nosso projeto de futuro. Participaram desta roda de conversa @s companheir@s do movimento sindical, popular, de mulheres, da juventude da economia solidária, do cooperativismo e militantes de outros movimentos sociais.
Na sua exposição inicial o professor Renato Dagnino, Titular do Departamento de Política Científica e Tecnológica da UNICAMP, afirmou que uma agenda de concertação que tenha a pretensão de apontar para o futuro deve considerar a economia solidária como forma de articular a multiplicidade de setores que hoje padecem com o crescimento da pobreza, da informalidade e do desemprego e que buscam a garantia de seus direitos. Dagnino chama a atenção para a necessidade uma coesão identitária que, ao mesmo tempo, contenha uma perspectiva de atendimento das demandas materiais desses coletivos, um eixo organizativo que lhes garanta o direito de produzir e ter acesso, seja diretamente, seja mediante a interveniência do Estado, aos bens e serviços que necessitam para sobreviver: “Empreendimentos solidários baseados na propriedade coletiva dos meios de produção e na autogestão podem proporcionar (ou ser) esse elemento nucleador, aglutinador e organizativo desses coletivos. A Economia Solidária por orientar-se à produção e circulação de bens e serviços, é o germe de uma alternativa material e real à forma capitalista de organizar a sociedade capaz de atender aquelas demandas e materializar seus anseios. Por essa via, a Economia Solidária irá acelerar os processos de conscientização, participação e empoderamento desses coletivos e, a partir deles, da população em geral”.
Com esta Roda de Conversa, a Guayí juntamente com a Rede de Economia Solidária e Feminista, a Cooperativa GiraSol e diversas outras parcerias, dá início a um processo de reflexão coletiva sobre a economia solidária, suas principais experiências e seus limites, visando a qualificação de seu trabalho para contribuir com o fortalecimento das alternativas através do trabalho autogestionário, associativo e solidário.