RICS comemora 10 anos



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O dia 12 de junho de 2015 foi marcado por uma grande confraternização no Centro Gestor da RICS – Rede Industrial de Confecção Solidária. Associadas de todos os empreendimentos que compõem a rede, seus familiares, equipe técnica, gestores, parceiros e representantes dos núcleos e projetos da Guayí se reuniram para comemorar os 10 anos desta iniciativa.

 

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10 ANOS DE LUTAS, DESAFIOS E CONQUISTAS

A história da Rede Industrial de Confecção Solidária (RICS) começou a ser tecida nas primeiras edições do Fórum Social Mundial (FSM), em 2003 e 2005, quando a Oscip Guayí contratou grupos de mulheres para fornecer serviços e produtos aos visitantes, tais como bonés, camisetas e bolsas. Passados 10 anos, hoje são 34 trabalhadoras organizadas em uma rede de sete (08) empreendimentos solidários que formam a Rede Industrial de Confecção Solidária – RICS.

No total, 18 mil peças de roupas hospitalares são produzidas e comercializadas mensalmente para o Grupo Hospitalar Conceição – GHC, e a renda média delas é cerca de dois salários mínimos e meio. Elas cortam, costuram, planejam, gerem seus empreendimentos e garantem o controle rigoroso das peças produzidas, tudo sem descuidar de novas oportunidades  de mercado que possam surgir.

Os empreendimentos solidários que formam a RICS estão localizados em Porto Alegre e Região Metropolitana. Fazem parte deles principalmente mulheres arrimas de família, jovens ou acima dos 40 anos, com dificuldades de inclusão no mercado de trabalho, incluindo reeducandas e ex-reeducandas da Penitenciária Feminina Madre Pelletier. Atualmente, a rede é formada por seis empreendimentos solidários e a Guayí, que atua com gestão, formação e operacionalização.  São eles:

  • SHALON – Costurando em Rede(04 associadas)
  • KRAS –Kriar e Reinventar Ações Solidárias (03 associadas)
  • CIAS –Costurando e Inovando Ações Solidárias  (04 associadas)
  • Mulheres Solidárias da TUCA (03 associadas)
  • Mulheres Inovadoras da TUCA(04 associadas)
  • Liberdade – Madre Peleutier(05 integrantes + Técnica)
  • Centro Gestor(corte, controle de qualidade e logística – 08 integrantes)
  • Guayí (03)

 

 RECONHECIMENTO

Esta tecnologia social foi uma das 24 finalistas ao Prêmio Nacional de Tecnologia Social da Fundação Banco do Brasil (FBB). Desde 2012, integra a Rede de Economia Solidária e Feminista – RESF, projeto da Secretaria Nacional de Economia Solidária – SENAES e Guayí, realizado em 09 estados. Essa iniciativa visa o fortalecimento da rede, sua articulação produtiva por segmentos, desenvolvendo o assessoramento para a gestão e comercialização. Assim, busca dar visibilidade e reconhecimento ao trabalho das mulheres, contribuindo com sua autonomia econômica.

 

 DEMANDA SOCIALMENTE ORIENTADA

Com base em sua atuação na Economia Solidária, a Guayí diagnosticou que ações pontuais de formação ou comercialização eram insuficientes para superar a situação de vulnerabilidade social dos empreendimentos. Era preciso uma inserção contínua de renda e capacitação. Assim, criou-se o conceito de demanda socialmente orientada, que pressupõe a parceria entre organizações de apoio técnico e formação para gestão, instituições públicas ou privadas que demandem serviço ou produto, e empreendimentos solidários autogestionários. O desafio dessa parceria é propiciar melhores condições para a inserção econômica autosustentável dos empreendimentos solidários, possibilitando maior agregação de valor na produção.

A Guayí, então, apresentou projeto para o Grupo Hospitalar Conceição (GHC),  demonstrando a viabilidade econômica e social para a implantação de uma rede autogestionária de empreendimentos solidários através da confecção da roupa hospitalar. Da parceria entre a Guayí e o GHC surgiu a Rede Industrial de Confecção Solidária (RICS), que foi implantada inicialmente a partir da organização das trabalhadoras e dos trabalhadores em quatro grupos solidários, tendo como princípios a economia solidária e a autogestão.

 



 

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