Loteamento Eldorado discute formas comunitárias de Segurança Pública e Prevenção à Violência



Na sexta-feira, dia 10 de fevereiro de 2012 – ano da realização do sonho da casa própria para as 157 famílias do Loteamento Jardim Eldorado –, foi realizado um encontro que discutiu a questão da segurança e da prevenção à violência na nova comunidade. A atividade reuniu 76 pessoas, entre beneficiários titulares, membros da comissão de obras, familiares, visitantes e técnicos.

Inicialmente, foi distribuído o Boletim Informativo nº 4. Depois, a cooperativa apresentou algumas orientações e esclareceu dúvidas sobre o andamento das obras. Frente à expectativa dos futuros moradores, reafirmou-se que as obras seguem um ritmo positivo e regular.

Na abordagem do tema “Segurança e prevenção à violência” pelo monitor Marco Rodrigues, do Núcleo de Violência, Segurança e Direitos Humanos da Guayí, foram identificados os tipos de violência na sociedade, as causas/raízes da violência e da criminalidade, as formas pelas quais a violência se manifesta em nosso cotidiano e, principalmente, as formas alternativas de enfrentar o problema. Nesse sentido, é urgente a mudança de mentalidade que defende um modelo policial/repressivo e estatal (do Estado e dos governos) como a única forma de tratamento do assunto, em favor de um paradigma alternativo que articule três eixos: o primeiro que contemple a participação social, com as comunidades envolvidas e protagonistas na construção da segurança local e das políticas de segurança do Estado; o segundo eixo consiste no funcionamento das forças e órgãos policiais, para que atuem de forma integrada, complementar, qualificada e com inteligência, além de com respeito dos direitos humanos; e o terceiro elemento consiste em ações e políticas sociais visando a amenizar ou resolver questões e problemas específicos potencializadores da violência e da criminalidade.

Esses elementos constroem uma segurança que, além de atuar quando o problema existir, será preventiva, ou seja, diminui as questões que facilitam o surgimento e a expansão da violência nas comunidades. Assim, a comunidade do loteamento foi desafiada e pensar em relações solidárias de vizinhança, convivência, troca de informações, a ajuda mútua frente aos problemas, o cuidado e a atenção com o patrimônio e os equipamento públicos comunitários, entre outros aspectos e projetos que futuramente poderão ser desenvolvidos localmente.

Ao final do encontro, 38 pessoas responderam um questionário avaliativo da oficina e do processo em sua totalidade. Dessas, 90% consideraram ótimo e bom o debate sobre segurança, o trabalho social e o boletim informativo; e mostraram-se satisfeitas com o projeto.

O próximo encontro será dia 10 de março, às 15h, no canteiro de obras. Na ocasião, haverá visitação das casas, socialização das informações e questões afins e, logo após, a primeira reunião do grupo interessado em fundar a Associação de Moradores que terá a responsabilidade de articular a comunidade na conquista dos serviços públicos e outros projetos comunitários.

Comentar

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *